26/06/09

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A minha mãe é a minha mãe.
Prontos, está tudo dito.
Foi ela que me pôs neste mundo e teve que aguentar as minhas cagadas e as cagadas do meu velho, que já se foi.
O meu pai era um bacano mas não gostava muito de bulir. Quer dizer, ele tinha muito azar, estava sempre a ser despedido ou a ter problemas com os patrões, mas era uma mecânico do catano.
Quando eu tirei a carta ainda me fartei de andar num Ford Capri que ele tinha afinado e só quando me estampei na Calçada do Combro é que o chasso foi para a sucata.
Gostava do seu copito e isso é que o matou. Nunca mais conseguiu trabalhar e acabou como engraxador. Depois, a minha velha não lhe perdoava e estava sempre a atazaná-lo, o relógio não aguentou e olha, já lá está no jardim das tabuletas.
Foi a D.Alzira é que teve que se fazer à vida para termos o que comer.
Dou-lhe muito valor, por isso não posso pô-la num lar, nem eu sou dessas coisas, familia é familia e mais nada.
A Mena tem que se aguentar à bronca, a velha daqui só sai para o Alto de S.João e espero que daqui a muitas luas.
É por estas cenas todas todas é que a Mena não pode ler este blogue.
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